A morte do Dragão

Eis que surgiu o tempo em que é preciso morrer para renascer novamente: do que adianta estares em posição de mudança se voltas a cometer os mesmos erros de novo e de novo? Do que adianta seguir em frente se a mesma imagem está sendo reproduzida em sua mente? O necessário é simples, mas sobrenatural. … Continue lendo A morte do Dragão

Só corro

As vezes tento caminharMas só corroAs vezes tento meditarMas só corroAs vezes tento fazer uma pausaMas só corroAndo tão acelerado que peço socorroPeço tanto socorro que chego a correrPassei a vida buscando sobreviverE foi assim que eu corri uma maratonaMas não achei ninguém para me socorrer

Sobre a linearidade do destino, o acaso e a sua própria jornada

O destino é um grande monstro do qual não podemos nos livrar. Essa conclusão chega para mim após tentar por várias vezes me distanciar de uma linearidade imaginária pré-concebida na minha linha da vida. E falhar em muitas situações. O sacrifício de Aslam, As Crônicas de Nárnia Há um tempo escrevi aqui que não se … Continue lendo Sobre a linearidade do destino, o acaso e a sua própria jornada

Breve exortação na Cidade dos Anjos

Há lugares que descrevem vocêHá lugares que você descreveHá coisas que você não vêPor mais que você as observeHá direitos e não há nenhum deverSob a luz do sol que te regeQuem sou eu para amar você?Peço que não obrigue que eu me entregueNão sou seuEscravo de subsunçõesO meu entendimento é leveSó quero deitar esta … Continue lendo Breve exortação na Cidade dos Anjos

Morango do Nordeste

Era um início de tarde no Nordeste Aquele ritmo tocava "Tu sabes que eu sou um cabra da peste" As composições são poesias Eu te admirava desde o meio-dia A sonolência da tarde Entre as doses de 51 Na mesa da cozinha Eu e você, éramos só um Requeijão e goiabada Entre a tensão e … Continue lendo Morango do Nordeste

A história de uma árvore e uma espécie reprimida em meio à tempestade

Existiu um pobre ser que até então era natural Sonhava em ser errante Mas todo sonho é irreal Era um dente de leão Parecia esperto mas vivia em aflição Toda a sua beleza em vão Ouviasse o barulho de um trovão Seguido de uma tempestade Da qual nasceu o vento Tão velho, solitário e covarde … Continue lendo A história de uma árvore e uma espécie reprimida em meio à tempestade

Eu não pertenço ao inferno

Enquanto mais eu pertenço a minha poesiaMais eu me afasto de vocêVocê esculpiu meus pés me ensinou a caminharMas no fim não iremos junto para o altar Como um amigo me disseÉ preciso ganhar a vidaPara depois perde-laLa no fim do arco-íris há um lugarAo que poucos chegarão a conquistar Eu sou apenas um passageiroSolitário, … Continue lendo Eu não pertenço ao inferno

Abertura escocesa

A rainha está morta Os piões fazem movimentos evasivos Eu sei que eu consigo Mas é difícil continuar no jogo O bispo só tem intenções diagonais Mas também não o julgo Eu faria o mesmo se tivesse em sua posição Orando pela salvação do rei Ferindo os que buscam aproximação Me sinto como a torre … Continue lendo Abertura escocesa

Por trás das janelas de uma locomotiva a vapor

Então como eu posso começar isso Deve ter iniciado enquanto eu estava destraído Inícios de décadas não costumam ser animados Mas hoje podemos afirmar o contrário Quando se tem o conhecimento da filosofia Pode-se enxergar a vida com maestria Se alguém está brincando com a sua sanidade Dê um motivo pra chorar com vontade Há … Continue lendo Por trás das janelas de uma locomotiva a vapor

Pequenos resíduos brilhantes

a primeira veze a últimaque te abandoneipensando ser por uma causa nobrecercado de amigosenquanto o verdadeiro perigoera me perder de vocêfui insuficientemas só assim a gente aprende a não deixar os nossos tesouros para trásse eu tivesse feito diferenteum gesto de carinho e nada maishoje eu te teria aquiouvindo as músicas daquela cantora que você … Continue lendo Pequenos resíduos brilhantes